A bordo do Emerald Princess |
Segundo Ricardo Amaral, diretor de Cruzeiros da Royal Caribbean e presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar), os profissionais brasileiros têm se fixado a bordo, devido ao perfil de fácil adaptação ao trabalho. “Os navios que operam no País devem ter pelo menos 25% dos trabalhadores contratados aqui”, lembra Amaral. Regras são do Conselho Nacional de Imigração. Para esta temporada, aproximadamente 4 mil brasileiros foram selecionados — atualmente, a 5ª tripulação mundial em navios.
Agilidade, por exemplo, para distribuir trabalho simultaneamente a pessoas de diferentes nacionalidades, é fundamental. Assim como a capacidade de solucionar problemas com rapidez e desenvoltura, como desemperrar a porta da varanda panorâmica sorrindo para o mal humorado ocupante da cabine.
Trabalha-se em turnos, com direito a folgas e até ao desembarque. Mas trabalha-se muito e pesado, por isso o segmento atrai especialmente jovens, como Danilo Silva Gomes, 23 anos, que tem Ensino Médio e se candidatou a uma vaga de camareiro também pela oportunidade de conhecer outros lugares. “Ganhar experiência é o melhor benefício pra mim”, contou.
Famílias, casais e amigos: O que mais seduz é o preço
“Não tem preocupação com mala, segurança e o atendimento é ótimo. A relação custo-benefício é ótima”, disse Alexandre. Os dois pagaram R$ 1.600, cada um, por sete noites.
Pagamentos: Tudo é lançado no mesmo cartão
Bolsas e carteiras podem ser deixadas na cabine. Ao embarcar, o turista recebe um cartão de bordo, que deverá ser apresentado por diversas ocasiões ao longo da viagem, como ao acessar os restaurantes. O cruzeirista também usará esse passe para fazer suas compras e debitar serviços, que serão automaticamente lançados no cartão de crédito registrado no embarque ou pagos com dinheiro em espécie ao fim do cruzeiro marítimo.
Em média, a diária de um cruzeiro é inferior a US$ 150 por pessoa. Todos os navios, praticamente, oferecem promoções. No caso de compra antecipada, o terceiro (ou até quarto) passageiro viaja de graça na mesma cabine, o que é mais usual no início e fim de temporada. O pacote inclui hospedagem, refeições e lanches.
Banheiro, ar-condicionado, TV, secador de cabelos e telefone — as cabines de navios vêm bem equipadas, como ocorre nos hotéis. As internas não têm vista para o mar e são mais baratas. Mas, em conforto e decoração, garantem as empresas, são iguais às externas, que podem ter varanda. Os navios também têm suítes, que presenteiam o passageiros com regalos como creme hidratante, sabonete e outros itens de uso pessoal.
“Para a Copa e as Olimpíadas, só dependemos dos portos”
O segmento de cruzeiros marítimos no Brasil partiu de 850 passageiros em dois navios, há 11 anos, para quase 900 mil em 20 transatlânticos, este ano. Os números mostram o potencial do setor e que é vantagem os governos investirem em logística portuária. “Se vamos ter um grande número de cruzeiros na Copa e nas Olimpíadas, isso só depende dos investimentos nos portos”, observa Ricardo Amaral, presidente da Abremar.
O embarque e desembarque nos portos de Santos e do Rio, por exemplo, ainda deixam muito a desejar. Dar fim às longas filas de check in, com mais de uma hora de espera, e melhorar o transporte coletivo terrestre do cais até a saída dos terminais portuários são alguns ajustes necessários, para o conforto de quem viaja e a boa operação por parte das companhias.
Fonte: O Dia
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