Dois capítulos compõem o documento: o primeiro, sobre vigilância epidemiológica, define critérios para notificações de suspeita de surto a bordo e determina as regras de limpeza do navio, higiene da tripulação e dos passageiros.
O segundo capítulo é composto pelas regras de vigilância, como armazenamento de alimentos.
“Somos fiscais. Mas quem faz o controle sanitário é a própria tripulação. É importante que conheçam as regras e as apliquem” – Fábio Miranda da Rocha, especialista em regulação e vigilância sanitária da Gerência-Geral de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa.
Viu só?
O setor cresceu muito nos últimos anos, um dos fatores responsáveis pelas medidas.
Em 2001, 6 navios transportaram 127 mil pessoas. Nesta temporada, a previsão é de que 886 mil passageiros viajem em 20 navios pela costa brasileira.
Ao transportar de 5 a 6 mil pessoas, algumas podem contrair diarreia ou gripe. Fábio lembra que os passageiros comem e bebem demais, além de densa exposição ao sol. O resultado é imunidade baixa e facilidade de contaminação.
A Anvisa aproximou-se das empresas donas dos navios na temporada passada, o que permitiu a ampliação do número de notificações de casos de doenças a bordo – passou de 500 para 4,4 mil. Casos de diarreia corresponderam a 70% dos problemas notificados.