9 de agosto de 2010

Empresa de cruzeiro responde por morte de três baleias

Em 2007, companhia já havia pago US$ 750 mil para se livrar de processo

O cadáver de uma baleia achada preso ao casco de um cruzeiro na última semana é o terceiro caso envolvendo a mesma empresa em 10 anos e chama a atenção para as conseqüências do aumento do tráfego marítimo na vida animal.
Na semana passada, o cruzeiro de luxo da companhia Princess Cruises teve de atracar em Juneau (Alasca, Estados Unidos) quando turistas de outros cruzeiros notaram a carcaça de uma baleia jubarte fêmea adulta preso à quilha da embarcação.
A empresa disse que a tripulação do navio não teria sentido impacto algum e afirmou que não havia relatos de baleias próximas à região do acidente. Segundo a companhia, os navios reduzem a velocidade em regiões sabidamente povoadas por baleias, ou até mesmo mudam a rota para não passar por essas regiões.
No entanto, não é o primeiro incidente desse tipo envolvendo a mesma empresa. Há um ano, uma baleia fin foi achada morta no casco de outro navio da Princess, na mesma região de Juneau. Posteriormente, a autópsia indicou que o animal já estava morto ou doente quando foi atingido.
Em outro caso, em 2007, a companhia pagou US$ 750 mil dólares (cerca de R$ 1,350 milhão) para chegar a um acordo com relação a uma acusação referente a uma baleia achada morta em 2001. O mamífero, também uma jubarte, estava grávida e foi achado com seu crânio esmagado. A Princess não admitiu no acordo ter atingido a baleia, mas assumiu culpa por navegar acima da velocidade segura em regiões povoadas por esses animais.
Causa mortis
A suspeita é de que o corpo do mamífero tenha se enganchado ao casco do navio durante a noite. Os veterinários da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) e o Alaska Sea Life Center (Centro da Vida Marinha do Alasca) farão a autópsia para descobrir se o animal morreu com o choque ou se já estava ferido ou morto antes de colidir com o navio.

Andrés Bruzzone Comunicação



5 de agosto de 2010

Off Topic

Galera,
Sei que é fora do assunto 'Trabalho a Bordo', mas é extremamente relevante para percebermos a ação persuasiva e doentia da mídia na vida das pessoas (eu já desliguei a TV e quase nao leio jornal).

==================================
CHOMSKY E AS 10 ESTRATÉGIAS
DE MANIPULAÇÃO MIDIÁTICA

 
O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a 
lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:
 
1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')”.
 
2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
 
3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez. 
 
4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento. 
 
5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê?“Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”. 
 
6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos… 
 
7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”. 
 
8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto… 
 
9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução! 
 
10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.

  


Ports of Stockholm Kicks off 2024 Cruise Season

Ports of Stockholm announced the start of its 2024 cruise season with the arrival of AIDA Cruises’ AIDAmar in Stockholm on Tuesday, April 16...